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Empréstimo Consignado CLT: Entenda como funciona e por que ele pode ser mais perigoso do que parece

Publicado em 11 de junho de 2025 na categoria Empréstimo Consignado por Leonardo Dias

Saiba tudo sobre o novo crédito ao trabalhador, os riscos ocultos nas propostas “atraentes” e por que esse empréstimo pode agravar suas dívidas em vez de resolver.

O novo empréstimo consignado para trabalhadores com carteira assinada, conhecido como “Empréstimo Consignado CLT” ou simplesmente “Crédito do Trabalhador”, conforme apelidado por alguns veículos e especialistas, foi lançado com a promessa de oferecer acesso facilitado ao crédito, com taxas de juros supostamente mais baixas e contratação digital simplificada. 

Por não contar, até o momento, com um limite regulatório para as taxas de juros, essa modalidade permite que bancos e financeiras pratiquem encargos que, em alguns casos, podem ser tão altos que comprometem boa parte da renda do trabalhador, tornando o crédito mais arriscado do que aparenta.

Assim, apesar das taxas normalmente serem inferiores às dos empréstimos pessoais não consignados, dependendo do perfil do cliente, da instituição e dos encargos aplicados, o custo efetivo total (CET) pode, em alguns casos, se aproximar ou até superar o de outras modalidades de crédito

Além disso, o desconto automático das parcelas diretamente na folha de pagamento pode comprometer uma parte substancial da renda mensal do trabalhador, afetando sua capacidade de arcar com outras despesas essenciais.​

Antes de seguirmos, é importante esclarecer: a Reis Revisional não oferece empréstimos, financiamentos, crédito consignado ou qualquer outro tipo de operação financeira. 

Nosso trabalho é exclusivamente focado na análise e revisão de contratos bancários, identificando e combatendo possíveis cobranças abusivas que impactam diretamente a vida financeira de milhares de brasileiros.

Dito isso, por que estamos falando sobre empréstimo consignado CLT? Simples. Porque, mesmo não oferecendo esse tipo de produto, entendemos que ele tem ganhado muita visibilidade no mercado e pode afetar diretamente a saúde financeira de quem contrata — muitas vezes sem compreender todos os riscos envolvidos.

Neste artigo, abordaremos as principais dúvidas e preocupações relacionadas ao empréstimo consignado CLT, com o objetivo de fornecer informações claras e precisas para que você possa tomar decisões financeiras conscientes e evitar armadilhas que possam comprometer sua estabilidade econômica.​

Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) com moedas e notas de dinheiro. Consulte sobre Empréstimo Consignado CLT para trabalhadores com carteira assinada.

ÍNDICE

O que é o empréstimo consignado CLT?

O empréstimo consignado CLT, também chamado de crédito ao trabalhador, é uma modalidade de crédito pessoal voltada exclusivamente a trabalhadores do setor privado com carteira assinada (regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT). 

Disponível a partir de março de 2025 por meio do aplicativo Carteira de Trabalho Digital, essa linha de crédito se destaca pela promessa de oferecer juros competitivos, fruto da segurança proporcionada pelo desconto automático das parcelas na folha de pagamento. 

Quem está autorizado a contratar esse tipo de crédito?

Segundo informações do Ministério do Trabalho e Previdência, o Empréstimo Consignado CLT é destinado exclusivamente a trabalhadores que possuam vínculo empregatício formal e ativo. 

Isso abrange:

  • • Trabalhadores registrados com carteira assinada (CLT).
  • • Empregadas e empregados domésticos com vínculo formal.
  • • Trabalhadores rurais com vínculo formal.
  • • Pessoas contratadas por empresas que operam como MEI empregador (destacando que essa condição difere de quem atua como MEI autônomo, que não possui o mesmo direito).

Em resumo, para que o crédito seja disponibilizado, é essencial que o trabalhador tenha um vínculo empregatício ativo, permitindo que sua margem consignável seja calculada corretamente e o desconto das parcelas ocorra de forma automática na folha de pagamento. 

Como funciona o desconto em folha de pagamento?

No empréstimo consignado CLT, as parcelas são descontadas diretamente na folha de pagamento do trabalhador antes mesmo que o salário seja depositado na conta bancária. 

Essa característica reduz o risco de inadimplência para as instituições financeiras, tornando essa linha de crédito atrativa para elas. 

No entanto, é crucial estar ciente de que essa forma de cobrança pode comprometer uma parte significativa da renda mensal do trabalhador. 

Atualmente, o limite legal para comprometimento da renda com o Empréstimo Consignado CLT é de até 35% do salário bruto mensal. 

Isso significa que, mesmo com taxas de juros aparentemente menores, o trabalhador pode ter sua capacidade de arcar com outras despesas essenciais comprometida, como alimentação, moradia, transporte e saúde. 

Em outras palavras, a segurança para o banco, proporcionada pelo desconto em folha, pode se transformar em um risco para o trabalhador, que pode perder o controle sobre seu orçamento e ficar vulnerável a um ciclo de endividamento. 

Portanto, é fundamental que o trabalhador avalie cuidadosamente sua situação financeira antes de contratar o crédito.

Como funciona a margem consignável e qual é o seu limite legal?

A margem consignável é um mecanismo legal criado para evitar que o trabalhador comprometa uma parcela excessiva de sua remuneração com dívidas consignadas, garantindo que uma parte do salário permaneça disponível para despesas essenciais. 

Regulamentada pela Lei nº 10.820/2003, complementada por atualizações dos órgãos responsáveis, incluindo o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) e as diretrizes do Ministério do Trabalho, considerando o vínculo CLT registrado via eSocial.

Essa regulamentação define o percentual máximo da remuneração que pode ser comprometido com operações de crédito consignado, funcionando como uma medida de proteção à saúde financeira do trabalhador.

O controle dessa margem é realizado de forma automatizada pelas empresas, que integram seus sistemas aos dos bancos e ao aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, permitindo que o trabalhador acompanhe, em tempo real, sua margem disponível para novas operações de crédito.

Quanto do meu salário pode ser comprometido com um empréstimo consignado CLT?

Imagem de dinheiro, moedas e uma calculadora, representando os cálculos e a organização financeira necessários ao solicitar um Empréstimo Consignado CLT.Atualmente, o limite legal para comprometer a remuneração com Empréstimo Consignado CLT é de até 35% do salário bruto mensal, sendo:

  • 30% exclusivos para contratos de empréstimo consignado;
  • 5% reservados para o cartão de crédito consignado, uma modalidade distinta que apresenta riscos próprios.

É fundamental ressaltar que esse percentual considera a soma de todos os contratos ativos. Assim, se o trabalhador já possui mais de um crédito consignado, os valores das parcelas serão agregados para verificar se ainda há margem disponível para um novo crédito. 

Caso o total das parcelas ultrapasse o limite legal de 35%, o sistema automaticamente recusa ou libera o novo crédito com um valor reduzido, limitado à margem remanescente. 

Embora essa regra seja um método de proteção contra o endividamento imediato, ela não previne que, com o tempo, o acúmulo de dívidas possa comprometer de forma contínua a renda do trabalhador. 

Como funcionam os juros do empréstimo consignado CLT?

Embora o Empréstimo Consignado CLT seja promovido com taxas de juros geralmente mais acessíveis, essa vantagem pode variar conforme a instituição financeira. 

Segundo dados atualizados pela Caixa Econômica Federal, as taxas de juros para essa modalidade costumam variar entre 1,60% e 3,17% ao mês, segundo dados de maio de 2025 da Caixa Econômica Federal, enquanto os empréstimos pessoais não consignados podem ultrapassar os 6% mensais.

É importante ressaltar que essas faixas podem variar de acordo com a instituição financeira, o perfil do cliente e as condições específicas do contrato. 

Para trabalhadores que estão negativados, as taxas podem ser ajustadas para refletir o aumento do risco, e contratos podem incluir custos ocultos, como tarifas administrativas, seguros obrigatórios (apenas com consentimento expresso) e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). 

Esses encargos adicionais elevam o valor final da dívida, reforçando a importância de se analisar não apenas a taxa nominal, mas o Custo Efetivo Total (CET) — que veremos a seguir.

O que é CET (Custo Efetivo Total) e por que ele importa mais que a taxa?

O Custo Efetivo Total (CET) representa o valor real que você pagará por um empréstimo, muito além da taxa de juros divulgada. 

Ele inclui todos os encargos financeiros envolvidos no contrato, como:

  • • Juros remuneratórios;
  • • Impostos (como o IOF);
  • • Tarifas administrativas;
  • • Seguros obrigatórios (quando aplicáveis);
  • • Outras despesas operacionais.

A transparência na divulgação do CET é obrigatória por lei, permitindo que o consumidor tenha uma visão completa do custo final do crédito antes de tomar uma decisão. 

Ignorar este indicador pode levar a comparações equivocadas e à contratação de condições desfavoráveis. 

Por isso, avaliar o CET é o único jeito seguro de comparar propostas entre bancos e entender o impacto real do empréstimo no seu orçamento.

Quais os prazos e regras de pagamento?

O empréstimo consignado CLT segue diretrizes específicas quanto ao prazo de pagamento e às condições de quitação. 

Embora isso ajude a manter certo controle sobre a duração do contrato, é nesse ponto que muitos trabalhadores caem em armadilhas financeiras.

Qual é o número máximo de parcelas permitido por lei?

Imagem de uma pessoa segurando um celular e um cartão de crédito, simbolizando a cautela ao realizar transações financeiras e a importância de entender o Empréstimo Consignado CLT.Atualmente, o prazo máximo permitido é de 84 meses (7 anos). Esse limite pode ser alterado por futuras regulamentações, mas, até abril de 2025, essa é a norma vigente para trabalhadores do setor privado.

Quanto maior o número de parcelas, menor o valor mensal, mas maior o custo total da dívida — devido à cobrança prolongada de juros. 

É preciso cautela: alongar o pagamento pode parecer vantajoso, mas, na prática, significa pagar muito mais no final.

Posso antecipar o pagamento e encerrar a dívida antes do prazo?

Sim. A quitação antecipada — total ou parcial — é um direito garantido pelo Código de Defesa do Consumidor (Art. 52, §2º)

Quando realizada, a antecipação implica que o banco deve recalcular o saldo devedor, aplicando um desconto proporcional dos juros futuros. 

É possível utilizar recursos como o FGTS, 13º salário ou outras fontes de recursos próprios para quitar a dívida de forma antecipada, sem que isso gere penalidades, desde que as condições contratuais permitam essa prática. 

Nenhuma penalidade ou cobrança extra pode ser aplicada neste contexto, e é fundamental sempre solicitar um demonstrativo detalhado do novo cálculo do saldo devedor antes de efetivar a quitação. 

Essa medida pode representar uma economia significativa e deve ser considerada quando as condições permitirem. 

O que acontece com o empréstimo consignado CLT em caso de demissão?

Quando o trabalhador perde o vínculo empregatício, o desconto automático na folha de pagamento é encerrado. 

No entanto, isso não significa que a dívida acaba — ela continua ativa e passa a ser cobrada por meio de boleto bancário, débito automático ou outro meio previsto no contrato.

Além disso, vale lembrar que, desde 2016, a Lei nº 10.820/2003 passou a permitir que contratos de empréstimo consignado para trabalhadores CLT utilizem como garantias:

  • • Até 10% do saldo disponível no FGTS; e
  • 100% da multa rescisória de 40%, em caso de demissão sem justa causa.

Essa possibilidade foi incluída pela Lei nº 13.313/2016, durante o governo Dilma, e segue válida até hoje.

Mais recentemente, a Medida Provisória nº 1.292/2025 (ainda em tramitação no Congresso) propõe digitalizar e facilitar o uso dessas garantias, integrando o processo à CTPS Digital e ao sistema eSocial

Com isso, os valores podem ser automaticamente direcionados para quitar, total ou parcialmente, o saldo devedor — ampliando o acesso ao Empréstimo Consignado CLT.

Quais os principais riscos do empréstimo consignado CLT?

Apesar de ser apresentado como uma solução para quem está endividado, o Empréstimo Consignado CLT pode representar um risco significativo à saúde financeira do trabalhador, especialmente quando contratado sem planejamento e apenas como uma saída imediata para outros problemas financeiros. 

Por que ele pode agravar sua situação financeira?

Mesmo com taxas de juros aparentemente menores, o impacto real está na forma como as parcelas são cobradas: 

As parcelas são descontadas diretamente do salário, reduzindo o controle do trabalhador sobre seu próprio orçamento.

Isso pode comprometer a capacidade do trabalhador de arcar com despesas básicas, como alimentação, moradia, transporte e saúde, gerando um desequilíbrio financeiro.

Em outras palavras, não é apenas a taxa de juros que define a viabilidade do crédito, mas sim o quanto ele compromete a renda e a capacidade do trabalhador de manter suas necessidades básicas. 

Como o endividamento em cadeia afeta sua estabilidade?

Um dos maiores perigos do empréstimo consignado CLT é o chamado “endividamento em cadeia” — quando o trabalhador contrata um novo empréstimo para cobrir o anterior, e assim por diante.

Isso gera:

  • • Queda progressiva da renda disponível;
  • • Dependência constante de crédito para despesas do dia a dia;
  • • Falsa sensação de solução, que apenas prolonga e agrava o problema.

Atenção: Muitos trabalhadores negativados são aprovados para esse crédito. Aparentemente é uma vantagem — mas, na prática, essa facilidade é um dos maiores combustíveis do superendividamento.

É possível transferir ou renegociar um empréstimo consignado CLT já contratado?

Sim, a legislação brasileira permite a portabilidade do crédito consignado CLT. A portabilidade de crédito é o processo que permite ao trabalhador transferir sua dívida de um banco para outro, buscando condições mais favoráveis, como taxas de juros mais baixas.

Para realizar a portabilidade, o trabalhador deve solicitar ao banco atual o saldo devedor atualizado e o Custo Efetivo Total (CET) do contrato. 

Essas informações devem ser apresentadas a outra instituição financeira, que analisará a solicitação e poderá oferecer uma nova proposta de crédito.

Se a nova proposta for aprovada, a nova instituição quitará a dívida com o banco anterior e assumirá o contrato. 

É essencial que o trabalhador compare as condições do novo contrato com as do anterior, considerando não apenas as taxas de juros, mas também o CET e quaisquer taxas adicionais que possam ser aplicadas.

Cuidados ao considerar a portabilidade: 

Embora a portabilidade possa ser uma ferramenta útil para obter melhores condições de crédito, é fundamental tomar alguns cuidados:

Imagem de uma pessoa encapuzada segurando um cartão de crédito e um celular, representando os possíveis golpes relacionados ao Empréstimo Consignado CLT.

  • • Verifique se não há encargos adicionais: Muitas instituições podem incluir taxas ou seguros que aumentam o custo do crédito. É importante considerar todas as despesas envolvidas na nova proposta.
  • • Compare os CETs (Custo Efetivo Total): O CET deve ser sua referência principal, pois ele oferece uma visão clara e completa dos encargos financeiros do empréstimo.
  • • Atente-se à proposta real: Algumas instituições podem usar a portabilidade como uma forma de oferecer novos créditos, o que pode levar a um ciclo de endividamento se não houver uma análise cuidadosa da situação financeira do trabalhador.
  • • Verificar se o novo banco não altera a data de vencimento de forma prejudicial;
  • • Evitar propostas que somam portabilidade com novo crédito adicional embutido (muito comum).

Importante: a portabilidade do empréstimo consignado CLT já está ativa desde maio de 2025, conforme informações oficiais do governo federal.

A partir dessa data, trabalhadores com carteira assinada podem transferir seus contratos para outras instituições financeiras que ofereçam condições mais vantajosas, como taxas de juros mais baixas. 

O processo pode ser realizado diretamente pelos canais digitais das instituições financeiras habilitadas, sem necessidade de intermediação pela empresa empregadora. 

É importante destacar que, até o momento, essa funcionalidade ainda não está disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.

Monitoramento das Atualizações Regulatórias

O cenário do Crédito Consignado CLT está em constante evolução. Medidas provisórias como a nº 1.292/2025 e outras atualizações normativas têm o potencial de alterar condições, taxas e limites aplicáveis. 

Dessa forma, é fundamental que o consumidor se mantenha informado por meio de fontes oficiais – como o Banco Central – para acompanhar essas mudanças e avaliar como elas podem impactar seu contrato.

Como se proteger de golpes e propostas abusivas?

Com o aumento da procura pelo Empréstimo Consignado CLT, também cresceu o número de fraudes, golpes e ofertas enganosas

Por isso, mais do que atenção, é necessário adotar uma postura ativa de defesa.

Quais os sinais de alerta de fraudes envolvendo o crédito ao trabalhador?

Juros Abusivos - Reis RevisionalGolpes envolvendo consignado são comuns e costumam seguir um padrão. Atenção para os seguintes sinais:

  • Ofertas por WhatsApp, SMS ou ligações com promessas irreais, como “empréstimo aprovado sem consulta” ou “liberação imediata”.
  • Solicitação de pagamento antecipado de taxas para liberar o crédito.
  • • Supostos representantes de bancos pedindo dados pessoais sensíveis fora de canais oficiais.
  • • Falta de contrato formal ou tentativa de “assinar pelo celular” sem acesso ao documento completo.
  • Pressa ou insistência incomum para que você feche o contrato imediatamente.

Nenhuma instituição financeira séria exige pagamento adiantado para liberar empréstimo. Essa é a principal armadilha usada por golpistas.

Como confirmar se a instituição é autorizada a oferecer empréstimos?

Antes de contratar qualquer crédito:

  1. 1. Acesse o site do Banco Central (www.bcb.gov.br) e consulte se a empresa está regularmente cadastrada.
  2. 2. Verifique se há registro na Receita Federal (CNPJ) e se a razão social corresponde à marca divulgada.
  3. 3. Consulte o Reclame Aqui e o Procon para ver o histórico de reclamações.
  4. 4. Desconfie de empresas que se dizem “parceiras de bancos”, mas não estão listadas no registro oficial de correspondentes bancários.

Dica de proteção: Nunca forneça documentos pessoais completos sem ter certeza da identidade da empresa e da finalidade exata.

Por que contratar um novo empréstimo não resolve — e pode piorar sua situação?

Muitos brasileiros recorrem ao Empréstimo Consignado CLT como última tentativa de “organizar” as finanças, acreditando que trocar dívidas por uma com juros menores é uma forma eficiente de resolver o problema. Mas essa ideia pode ser perigosa e enganosa.

Quais os riscos de “trocar” dívidas pensando apenas na taxa de juros?

Substituir uma dívida por outra com juros aparentemente menores não garante que você estará em uma situação melhor. Os principais riscos dessa prática incluem:

  • Aumento do valor total da dívida por conta de novos prazos e encargos;
  • • Comprometimento ainda maior da renda mensal, dificultando o pagamento de outras despesas.
  • • Falsa sensação de alívio, que leva à repetição do ciclo de endividamento;
  • • Inclusão de taxas ocultas, como seguro prestamista, que aumentam o custo efetivo.

Trocar dívidas sem rever os hábitos financeiros e sem resolver a origem do problema é como adiar a solução, o que pode agravar a situação a longo prazo. 

Quais alternativas seguras existem para sair das dívidas sem criar novas?

O novo empréstimo consignado CLT pode até parecer uma solução imediata, mas na prática, tem levado milhares de brasileiros a um ciclo ainda mais profundo de dívidas.

O desconto direto no salário, a ausência de um teto para os juros e a falsa sensação de “alívio financeiro” tornam essa modalidade perigosa — especialmente para quem já está com o orçamento comprometido.

Antes de considerar um novo contrato, é prudente fazer uma pergunta simples: Será que você realmente deve tudo isso? 

Na grande maioria dos casos, a resposta é: não. É comum que bancos e financeiras embutam encargos ilegais, cláusulas abusivas e juros acima do permitido.

Portanto, ao invés de recorrer a um novo empréstimo, como o consignado, o enfoque da Reis Revisional é diferente: oferecer suporte para que você compreenda se parte da sua dívida atual já não está inflada por cobranças abusivas.

Reis Revisional: Sua aliada em educação e segurança financeira

Portanto, o empréstimo consignado CLT, com seu apelo de taxas de juros mais baixas e conveniência de desconto em folha, pode parecer uma solução atraente para muitos trabalhadores. 

No entanto, é crucial que cada indivíduo avalie cuidadosamente os riscos envolvidos, especialmente considerando o potencial de impacto negativo no orçamento mensal e a possibilidade de comprometer sua estabilidade financeira.

Embora a Reis Revisional não ofereça essa modalidade de crédito, nossa experiência em análise de contratos bancários nos permite esclarecer e alertar sobre práticas abusivas que podem estar escondidas em meio a propostas aparentemente vantajosas. 

Nosso compromisso vai além de apenas identificar cobranças indevidas; buscamos também promover a educação financeira, capacitando nossos clientes a tomarem decisões informadas e conscientes sobre suas finanças.

Para continuar recebendo informações valiosas e materiais educativos como este, siga a Reis Revisional em nossas redes sociais. 

Mantenha-se atualizado e empoderado, garantindo que cada decisão financeira seja um passo em direção à sua estabilidade e bem-estar econômico. 

A estabilidade financeira e o controle sobre suas finanças são conquistas possíveis, com decisões informadas e apoio especializado.

1. Como é feito o acompanhamento dos dados do empréstimo consignado CLT?

O acompanhamento dos dados do empréstimo consignado CLT é realizado através da Carteira de Trabalho Digital.

O trabalhador pode acessar informações sobre as parcelas descontadas diretamente da sua folha de pagamento, bem como consultar a margem consignável disponível.

Essa transparência permite que o trabalhador tenha uma visão clara do comprometimento do seu salário com as parcelas do empréstimo, além de possibilitar o controle de sua situação financeira em tempo real.

2. O que acontece se eu já tiver um empréstimo consignado CLT e quiser contratar outro?

Se você já possui um empréstimo consignado CLT e deseja contratar outro, é preciso verificar a sua margem consignável disponível, que é o percentual do seu salário que ainda pode ser comprometido com novos empréstimos.

O limite legal é de 35% do salário bruto, somando todas as operações de crédito consignado, incluindo o cartão de crédito consignado.

Caso a sua margem esteja disponível, você poderá contratar um novo empréstimo. Caso contrário, será necessário quitar ou reduzir o valor das parcelas dos empréstimos existentes para liberar margem.

3. Quais são as responsabilidades do empregador em relação ao empréstimo consignado CLT?

O empregador tem a responsabilidade de facilitar o processo de desconto das parcelas do empréstimo consignado CLT, repassando as informações do trabalhador ao eSocial e garantindo que o desconto seja feito corretamente na folha de pagamento.

Além disso, o empregador deve informar ao trabalhador sobre as condições do empréstimo e auxiliar na resolução de eventuais problemas relacionados ao desconto das parcelas.

É importante ressaltar que o empregador não é responsável pelo pagamento da dívida em caso de inadimplência, mas deve cumprir as obrigações legais para garantir o bom funcionamento do sistema.

 

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